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Melhorias na
infraestrutura dos bairros, composição de cada setor de obras e recuperação das
margens foram os principais questionamentos dos moradores
A
composição de cada setor de obras e os benefícios que virão com a efetivação do
Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama) foram o foco da discussão
de ontem à tarde, durante mais uma Audiência Pública promovida pela Coordenação
do Puama. Moradores e lideranças
comunitárias foram ansiosos à reunião em busca de informações e esclarecimentos
sobre os projetos. Saldo positivo para os organizadores cujo objetivo foi apresentar
os projetos, esclarecer dúvidas e dialogar com as famílias residentes na área
de influência dos parques.
O
encontro aconteceu na Igreja Assembléia de Deus do Jardim Leblon, um dos 11
bairros que compõem o Setor 7, segunda etapa de obras do Programa. Durante a audiência o Coordenador Executivo
do Programa, Valdi Camarcio, explicou o porquê da divisão dos trabalhos por
setores de obra. “Trata-se de um ponto de vista de gestão. Dividimos o Parque
Linear em 11 setores estratégicos para melhor planejamento e condução das
obras”. O Coordenador explicou, ainda, a escolha do Setor 7 na sequência do cronograma
de obras. “A extensão do Setor 7 possui margens menos habitadas, o que facilita
e agiliza as negociações para liberação de áreas”.
Valdi
Camarcio apresentou a composição do Programa, composto pelo Parque Ambiental Macambira
e pelo Parque Linear, e detalhou cada trecho.
Setor 7
O
Parque Linear Macambira Anicuns, com extensão de 24 km às margens do Córrego
Macambira e Ribeirão Anicuns, foi dividido em 11 setores (trechos) de obras. Em
março deste ano foram iniciados os trabalhos no Setor I e no Parque Ambiental
Macambira, ambos na região do Setor Faiçalville.
O Setor 7 possui 2,79 km de extensão e
contará com um Parque de Vizinhança, composto de um Núcleo de Conforto, quadra
de futebol de areia, quadras poliesportivas, pista de skate, playground entre
outros; três Núcleos de Estar - espaços equipados com pequenas praças com
pergolados, bancos, bebedouros, estação de ginástica, pergolados, bicicletários
e arquibancadas de concreto, para a apreciação da paisagem dos parques e ainda haverá
a construção de um Núcleo Socioambiental, composto de estação de ginástica,
anfiteatro ao ar livre, conjunto de fontes, praça das mangueiras e canteiro de
bromélias e Praça das Esculturas.
Segunda
etapa de obras, o Setor 7 desenvolve-se em torno do Ribeirão Anicuns, estendendo-se
da Avenida Santa Maria até a Avenida Macambira.
O
Setor 7 abrange os bairros: Bairro Industrial Mooca, Chácara Santa Rita,
Conjunto Residencial Santa Rita, Jardim Leblon I e II, Jardim Pampulha,
Residencial Anicuns, Residencial Cidade Verde, Residencial Santa Maria, Vila
Mooca, Vila Mooca Complemento.
Segundo
o Coordenador Valdi Camarcio a assinatura da ordem de serviço para início das
obras no Setor 7 está prevista para os próximos dias.
Discussões
Após
a apresentação dos projetos o Coordenador abriu espaço para a participação da
comunidade. Rogério de Carvalho, morador do Bairro Goiá, e Cirley Marinho,
moradora do setor Cidade Jardim, compartilhavam da mesma preocupação. Ambos
perguntaram sobre as ações de melhoria da infraestrutura dos bairros. Valdi
Camarcio explicou que é feito um levantamento das demandas dos bairros de
acordo com o cronograma de obras e as necessidades verificadas são repassadas
aos órgãos da administração municipal competentes. “Nós faremos um levantamento
da infraestrutura local para que possamos solicitar a melhoria ou até mesmo a
viabilização desses benefícios para a comunidade”, esclareceu.
Já
Vicente Francino, também morador do Bairro Goiá, apresentou preocupação com a
ocupação das margens dos córregos e o Coordenador explicou que é a principal
preocupação do Programa. “Trabalhamos com um conceito diferenciado de
preservação ambiental. Primeiro, faremos a recuperação das margens e a correção
de erosões com a revegetação do espaço e não concretando as margens como se
fazia antigamente”.
Zacarias
Alves Caetano, pastor da igreja que cedeu o espaço para a realização da
Audiência, agradeceu à Coordenação pelo encontro e colocou a igreja à
disposição do Programa nas reuniões futuras. Zacarias pediu, ainda, para o
Coordenador explicar qual a metragem específica para Áreas de Preservação
Permanente (APP). Camarcio explicou que existe um conflito de legislação e que
precisa ser avaliado com muita cautela e muita negociação com as famílias. “A
legislação federal estabelece um mínimo de 30 metros a partir das margens, já o
Plano Diretor de Goiânia estabelece mínimos de 50 metros para Córregos e 100
metros para Ribeirões. Estamos tentando obedecer às duas legislações no que for
possível, na tentativa também de contemplar as famílias”.
Encerrado
o debate, o Coordenador agradeceu a cessão do espaço e a presença de todos e
colocou a Coordenação do Programa, por meio de sua Unidade Executora e do
Escritório Local de Gestão (ELO) à disposição das famílias para esclarecimento
de dúvidas.
Autor: Selma Soares
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