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quarta-feira, 6 de junho de 2012

RECUPERAÇÃO AMBIENTAL É FOCO DO PROGRAMA MACAMBIRA ANICUNS

Programa trará inúmeros benefícios, sobretudo, a revegetação e recuperação das margens do Córrego Macambira e do Ribeirão Anicuns 

Nesta terça-feira, 5, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi estabelecida pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre o Homem e o Meio Ambiente, com o objetivo de conscientizar a sociedade a melhorar a relação com o meio ambiente e assim atender as necessidades da população presente sem comprometer as gerações futuras. Celebrado anualmente desde então no dia 5 de Junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente catalisa a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental. Preocupação essa presente no espírito da administração pública desde a concepção original de Goiânia, com o Plano Urbano elaborado pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, pautado na concepção da convivência entre o urbano e a natureza, por meio da idéia das cidades-jardim, procurando resguardar a organização e ordenação dos espaços urbanos integrados ao verde dos bosques e fundos de vale. 
O Programa Macambira Anicuns busca contribuir para equacionar os problemas ambientais, urbanísticos e sociais que afetam a cidade de Goiânia, resultantes da ocupação desordenada do espaço urbano, em especial das margens dos cursos d’água Macambira e Anicuns. Edificações em área de preservação permanente, processos erosivos, lançamentos irregulares de efluentes, deposição de resíduos sólidos ao longo dos vales e falta de proteção adequada para as áreas de recarga dos lençóis freáticos, estão entre os problemas detectados. O Puama quer recuperar esse cenário e ainda ampliar o debate e a conscientização ambiental de toda a população da Capital, estimulando a participação (individual e coletiva) dos cidadãos no processo de construção de um desenvolvimento sustentável da cidade. 

Preocupação com o meio ambiente 
Entre as intervenções previstas estão a execução de obras estratégicas, que vão da revegetação e recuperação das margens e leitos de rios e córregos, ao melhoramento de pontes e bueiros, que irão minimizar os problemas ambientais existentes. Além disso, o Programa prevê a regularização urbana e o reassentamento de famílias e negócios, bem como realização de obras de infraestrutura urbana e social, na área de abrangência do Programa, tais como pavimentação, drenagem, iluminação, unidades educacionais (ensinos fundamental e infantil), unidades básicas de saúde familiar, centros comunitários, quadras poliesportivas, praças, entre outros. Melhorias que virão como resultado e complemento de todo um processo de recuperação ambiental empreendido nas margens do Córrego Macambira e do Ribeirão Anicuns. “Restabelecer a vegetação original da área dos 385,5 hectares que compõem os Parques do Programa é o foco principal do Puama”, informa o Coordenador Executivo do Programa, Valdi Camarcio. De acordo com o coordenador, primeiro será feito o replantio de espécies nativas e a proteção das margens para corrigir o estágio atual de degradação em que as áreas se encontram. A construção de demais equipamentos e obras previstas no Programa visa garantir que a população usufrua desse espaço ambientalmente recuperado. “A construção de núcleos de conforto, parques de vizinhança além de outros equipamentos de lazer, são benefícios que virão em razão da construção dos Parques do Puama e irão garantir a apreciação paisagística e usufruto dos bens ali instalados”, destaca. Além disso, as intervenções na área são realizadas com a preocupação de preservar ao máximo a plantação nativa. Segundo a gestora ambiental Érika Maria Siqueira, Especialista em Manejo de Áreas de Conservação e integrante da equipe do Puama, toda espécie que deverá ser retirada para viabilizar as obras foi catalogada e o levantamento foi encaminhado à Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) para autorizar a supressão, mas o impacto ambiental será reparado com o replantio de mudas em toda área dos Parques. “Para se ter uma idéia, a recomposição arbórea será bem superior à retirada – serão plantadas mais de 120 mil mudas árvores, o que significa a revegetação de mais de 200 hectares do total de 385,5 hectares que compõem o Parque Linear e o Parque Ambiental Macambira”, destaca. Conforme um estudo realizado pela Amma, Goiânia é a capital brasileira que possui maior número de metros quadrados de áreas verdes por habitantes no Brasil. Segundo o levantamento, Goiânia possui 94 m² de áreas verdes por habitante, superando Curitiba, que possui 51 m² de área verde por habitante e era, até então, considerada a capital brasileira que ocupava o primeiro lugar no ranking desse tipo de comparativo. Com a implantação dos Parques do Programa esse índice será ainda melhor, pois com o plantio de mais de 120 mil mudas nativas ao longo dos parques, o Puama acrescerá um índice de 3,6 m2 de áreas verdes por habitante elevando para 97,6 m2/hab. 

O Programa 
O Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns é composto pelo Parque Urbano Ambiental Macambira, com área estimada de 25,5 hectares e pelo Parque Linear Macambira Anicuns, com 24 km de extensão. No dia 30 de março foi lançada a etapa inicial, começando pelo Parque Ambiental Macambira e o Setor I do Parque Linear, que foi subdividido estrategicamente em 11 setores, para melhor condução dos trabalhos e seguimento ao cronograma previsto. Esse primeiro trecho, o Setor I, abrange cinco bairros da região sudoeste da Capital, localizados nas imediações da nascente do Córrego Macambira e corresponde a 2,9 km de um total de 24 km de extensão do Parque Linear, que será o maior parque contínuo da América Latina e um dos projetos mais arrojados desenvolvido pela Prefeitura de Goiânia nos últimos tempos. O Setor I será equipado por seis Núcleos de Estar; dois Parques de Vizinhança com Núcleo de Conforto – compostos por administração, quadras poliesportivas, playground, academias de ginástica, estacionamentos, bicicletários, sanitários públicos, depósitos de resíduos sólidos – e travessia para pedestres. Já o Parque Ambiental Macambira, com área estimada em 25,5 hectares, contará com um Núcleo Socioambiental composto de estação de ginástica, anfiteatro ao ar livre, praça das mangueiras e canteiro de bromélias; Praça das Esculturas; cinco Núcleos de Estar – espaços equipados com pequenas praças com pergolados, bancos, bebedouros, entre outros, para a apreciação da paisagem dos parques – e um Núcleo de Recreação Infantil com parquinho de areia. 

Abrangência 
Estima-se que cerca de 350 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente com o Programa, por meio de obras de infraestrutura urbana e social nos 131 bairros localizados em sua área de influência, considerando as áreas limítrofes de até 500m a partir dos Parques. As ações e obras previstas iniciam na altura do Setor Faiçalville, na divisa com o município de Aparecida de Goiânia, percorrendo os setores Novo Horizonte, Vila Mauá, Vila Adélia, Bairro Goya, Vila São José, Vila Santa Helena e vários outros bairros até os bairros Criméia Oeste e Urias Magalhães. 

Autor: Selma Soares

 

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